É verdade, demorei tanto tempo para postar novamente e sinto ter que escrever justamente sobre uma coisa ruim.

Mais uma vez a cidade maravilhosa é palco de violência, uma violência histórica, ancestral que não se resume aos fatos isolados ocorridos recentemente. Ao pensarmos em perturbação da ordem pública, caos e agressão, devemos pensar também em sofrimento, dor, desprezo e resistência de uma vida inteira.

Parece um tanto poético, romântoco de minha parte, mas não é.

Mais uma vez, sou forçada a assistir a desumana degradação humana. uns matando os outros. E ao pensar neste outro que morre, eu lamento por saber que a sua morte não passará de um dado estatístico.

Tanques de Guerra? A que ponto nós chegamos?

É estarrecedor!!! Mesmo "longe" geograficamente, sei que faço parte de tudo isso, que contribuo para que isso aconteça e você também.

É muito triste ter que adimitir que eu faço parte deste sistema porco, que confrontam as pessoas sem qualquer causa nobre em jogo.

Jamais pensei em ver uma romaria de "bandidos", de "delinquente" peregrinando de morro em morro, favela e favela unindo-se para destruir um sistema cótico de segurança pública entregando as suas pobres vida em respeito a uma guerra que eles não sabem, ao menos, como começou.

Sinto, por estas pessoas! São marginais, mas antes de tudo são humanos de carne, osso e razão! Sinto pelos policiais, também são humanos, defendem um sistema que - em sua maioria - não acreditam. Sinto por mim que tenho que testemunhar, tácita, a destruição de um povo, do meu povo.

Brasil, meu Brasil brasileiro!