"De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas das estruturas cognitivas derivando cada estrutura de estruturas precedentes. Ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio. A inteligência é prática. As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representação ou pensamento."
"Freud, por sua vez, percebeu que a sexualidade molda determinados comportamentos e que isso ocorre desde a infância. Essa teoria também causou espanto na época (final do séc. 19), já que o assunto "sexualidade" é considerado exclusividade dos adultos. Devemos entender que Freud se referia à relação da criança com seu próprio corpo e não da relação com outra pessoa. Freud dizia que a busca do prazer é uma forte motivação para o comportamento das pessoas. O foco dessa fonte de prazer muda de acordo com a fase em que a criança está.
Fase Oral
Período: de 0 a 1 ano aproximadamente.Características principais: a região do corpo que proporciona maior prazer à criança e a boca. É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de a alimentar proporciona satisfação ao bebê. É a fase de reconhecimento do externo. Cores primárias e vibrantes despertam a atenção das crianças nessa fase.Fase Anal
Período: 2 a 4 anos aproximadamenteCaracterísticas: Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres e a zona de maior satisfação é a região do ânus. A criança descobre que pode controlar as fezes que saem de seu interior, oferecendo-as à mãe ora como um presente, ora como algo agressivo. É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene. Ela começa a ter noção de posse e quer pegar os objetos, tocá-los e ver que aquilo faz parte de algo fora do limite do seu corpo."
Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu ter escrito tudo isso, mas trata-se de informações preciosas desta fase da vida.Isso mesmo, até chegar a caminhar nós passamos por várias transformações de caráter, tanto cognitivo quanto sexual o que acaba por alterar o nosso comportamento. Nesse momento da minha vida conhecer era a palavra-chave, tanto a mim mesma quanto ao meio em que vivia. Era a hora de desbravar o mundo, pelas pontinhas dos meus pés - num andar tortuoso, e nas palminhas das minhas mãos - num bater descompassado. Tudo era maravilhoso, curioso, interessante.
É tão lindo presenciar uma criança em processo de desenvolvimento entrando em contato com esse universo tão desconhecido (o social) que mais tarde se tornará tão previsível.
Mas nisto tudo, é importante ressaltar a necessidade de enxergar estas descobertas como naturais,pois há uma tendência muito grande,ainda hoje, à interpretá-las como abominações,principalmente as de caráter sexual, quando na realidade são extremamente benéficas para o crescimento da criança e formação da sua identidade.
Até os 4 anos, segundo minha mãe eu era uma verdadeira espoleta, aprontava que só!
Para ilustrar essa afirmação da minha querida mãe e meu pai amado vou relatar um fato que até hoje eu não acredito muito.
Meus pais me matricularam numa escolinha chamada "cuca-legal" eu fazia o jardim 1 - se não me engano - todos os dias minha mãe me arrumava parecendo uma princesinha, cheia de enfeites na cabeça. O retorno era trágico, pois todos já esperavam alguma queixa por parte da escola em relação ao meu comportamento.
Era aquele jogo de empurra:
- vai você buscar.
- Não, vai você!
Mas sempre sobrava para meu tio, pois ele era o mais novo da família. Então, ele ia para lá e se identificava como vizinho e não como parente, por que já sabia que vinha bronca!
A professora sempre fazia uma reclamação, no final das contas - ou melhor - no final do ano, um grande absurdo a professora me reprovou. Isso mesmo, vê se pode?! Reprovar uma criança no Jardim de infância?! É o cúmulo!!!
Lembrando da fase anal de Freud, meus familiares sempre relembram que quando eu retornava da escola eu cagava nas calças! Rsrsrs, aí de tanto um primo falar que ia chamar o "Homem do saco" eu comecei a prender e vinha para a casa me retorcendo, com as pernas tortas, para não fazer nem xixi nem cocô nas calças!!!
Tadinha de mim!!!